domingo, 2 de maio de 2010

Histórica do Ballet

O termo ballet veio do italiano ballare que significa bailar ou dançar. Foi originado das gandes procissões do Teatro Religioso Medieval, onde se cantava e dançava a "canzone a bailo".
Ao final do século XV quando as danças de salão deixaram de ter carater mímico e passaram a ter coreografias livres e figurativas do próprio século, o baile ou ballet apropriou os temas das danças de até então, que eram imitativas, para temas abstratos, com movimentos estreitos, curtos. Surge a primeira teoria da dança, iniciada na Itália, neste mesmo século, pelo mestre Domenicho Domenitino.
O burlesco e o grave, o real e o fantástico, foram mesclados no ballet senhorial. A política e a coreografia andavam juntas, principalmente na França, o que não era nada de extraordinário porque tanto no palco da vida como no da dança os atores eram os mesmos reis, príncipes e senhores da corte.
Mas foi precisamente no reinado de Luísz XIV que se consumou uma verdadeira revolução de carater artístico. Os aristocráticos e senhorias ballets abandonaram os salões deas festas da corte e subiram o tablado do teatro. E em 1661, Luiz XIV consagrou oficialmente a arte de ballet, criando a Academia de Dança, e abraindo novos horizontes para a arte.


Os ballets do fim do século XVII eram compostos de três partes: abertura, entrada e grande ballet.
Depois da criação da Academia de Dança na França, a virtuosidade técnica deu um salto gigantesco no desenvolvimento da dança clássica. Mas, coube a Novèrre influenciar na evolução do ballet quando ao juntar as artes - dança, poesia, música e pintura, deu vida nova ao ballet clássico francês.
Mas a revolução mais radical deste período foi, quando da aparição da bailarina Maria Taglione dançando, pela primeira vez em Paris, 1927, nas pontas dos pés com sapatilhas especiais, preparadas pelo seu pai, no ballet "La Sylphide". Este fato teve grande importância para a história do ballet, pois a partir daí, os exercícios nas pontas dos pés tornaram-se a verdadeira base da nova escola de dança clássica feminina. Essa nova forma de dança produziu uma transformação no ballet, e elevou a dançarina ao primeiro plano, obrigando ao dançarino a cingir-se às necessidades da dança feminina, ao papel de mero suporte, e afastar-se da dança autônoma masculina no seu novo papel de "partenaire".




Um comentário:

  1. Ótimo retrato sobre o Ballet Clássico.
    Para quem se interessou na história da dança, vale conferir na íntegra esse assunto no livro (FAHLBUSCH, Hannelore. Dança Moderna e Contemporânea. Editora Sprint, Rio de Janeiro, 1990.) - referencia do blog!

    Reverência a todos os bailarinos e professores de Educação Física como nós.

    Jader Chaves Holanda - UEG - ESEFFEGO
    professor e bailarino!

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